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1.
Rev. abordagem gestál. (Impr.) ; 27(1): 56-68, jan.-abr. 2021. ilus
Article in Portuguese | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1250858

ABSTRACT

Objetiva-se descrever os principais traços do fenômeno da simpatia a partir da fenomenologia de Max Scheler. O problema central é demonstrar como a simpatia se mostra enquanto "lugar" privilegiado para a compreensão das vivências alheias, pois ela implica uma unificação psíquico-afetiva com quem se compadece ou se congratula. Contudo, o compadecer e o co-alegrar não podem ser entendidos, sem mais, como a apreensão de conteúdos psíquicos alheios ao modo da reprodução dos sentimentos do outro, equiparando erroneamente o simpatizar com o contágio afetivo. Assim, primeiramente, delineiam-se algumas razões e caminhos de transformações das antropologias e de consolidação histórica da ratio moderna que conduziram a tal equívoco. Em seguida, após distinguir as formais plurais da simpatia, mostrando a sua lei de fundamentação interna, discute-se em que sentido a simpatia é sofrer-com e co-alegrar ao explicitar sua estrutura intencional. Conhecer o outro, entretanto, não é só unir-se afetivamente ao próximo, mas a decisão livre, própria de um ser espiritual, de tomar parte na abertura do ser pessoal alheio, participar de seus atos intencionais. Conclui-se, então, que o simpatizar pressupõe a forma suprema do amor.


The objective is to describe the main features of the sympathy phenomenon from Max Scheler's phenomenology. The central problem is to show how sympathy shows itself as a privileged "place" for understanding the experiences of others, because it implies a psychic-affective unification with whom one sympathizes or welcomes. However, compassion and co-rejoicing cannot be understood as the apprehension of psychic contents unrelated to the reproduction of the feelings of the other, mistakenly equating sympathizing with affective contagion. Thus, first, some reasons and ways of transformations of anthropologies and historical consolidation of the modern ratio that led to such mistake are outlined. Then, after distinguishing the plural forms of sympathy, showing its law of internal reasoning, it is discussed in what sense sympathy is to suffer and to rejoice by spelling out its intentional structure. To know the other, however, is not only to unite affectionately with others, but the free decision, proper of a spiritual being, to take part in the opening of the personal being of others, to participate in their intentional acts. It follows, then, that sympathizing presupposes the supreme form of love.


El objetivo es describir las características principales del fenómeno de simpatía a partir de la fenomenología de Max Scheler. El problema central es demostrar cómo se muestra la simpatía como un "lugar" privilegiado para la comprensión de las experiencias de otras personas, porque implica una unificación psíquico-afectiva con la que uno simpatiza o da la bienvenida. Sin embargo, la compasión y el regocijo no pueden entenderse como la aprehensión de contenidos psíquicos no relacionados con la reproducción de los sentimientos del otro, equiparando erróneamente la simpatía con el contagio afectivo. Así, primero, se describen algunas razones y formas de transformación de las antropologías y la consolidación histórica de la relación moderna que condujo a tal error. Luego, después de distinguir las formas plurales de simpatía, mostrando su ley de fundamento interno, se discute en qué sentido la simpatía es sufrir y regocijarse al deletrear su estructura intencional. Sin embargo, conocer al otro no es solo unirse afectuosamente con los demás, sino la libre decisión, propia de un ser espiritual, de participar en la apertura del ser personal de los demás, de participar en sus actos intencionales. Se deduce finalmente, entonces, que simpatizar presupone la forma suprema de amor.


Subject(s)
Psychology, Social , Emotions
2.
Rev. abordagem gestál. (Impr.) ; 24(spe): 449-466, set.-dez. 2018.
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-977125

ABSTRACT

Priorizando como fio condutor a relação entre amor e finitude, a discussão estabelece um constante diálogo entre o pensamento filosófico-teológico de Agostinho e a fenomenologia de Scheler. Primeiramente, esclarece-se o horizonte a partir do qual a fenomenologia de Scheler visualiza o pensamento agostiniano ao considerá-lo sob a ótica da estrutura vivencial e fundamental do viver cristão. Evidenciando a ideia de ordo amoris, mostra-se a correspondência desta estrutura à reviravolta do amor cristão, assinalada por Scheler como a emergência da compreensão de um Deus amante. Para tanto, em seguida, discutem-se traços da hermenêutica agostiniana da vida cristã, até revelar a caritas como sendo o amor que responde pela intencionalidade ordenadora da estrutura da existência humana no seu todo segundo o seu dinamismo essencial. Sob o ponto de vista desta função central da caridade, conclui-se indicando a necessidade de considerar a interdependência entre viver e morrer, para melhor compreender o sentido da estruturação da existência humana a partir da ideia de amor ordenado.


Prioritizing the guiding thread of the relationship between love and finitude, the discussion establishes a constant dialogue between Augustine's philosophical-theological thinking and Scheler's phenomenology. Firstly, it clears the horizon in which Scheler's phenomenology visualizes the Augustinian thought considered from the perspective of the experiential and fundamental structure of Christian living. Demonstrating the idea of ordo amoris, the harmony of this structure is shown in the change of the concept of Christian love, signaled by Scheler as the emergence of the understanding of a loving God. In order to do so, the traits of the Augustinian hermeneutics of the Christian life are discussed, until it reveals caritas as being the love that answers the intentionality of the structure of human existence as a whole according to its essential dynamism. From the point of view of this central function of charity, it concludes by indicating the need to consider the interdependence between living and dying, in order to better understand the sense of the structuring of human existence from the idea of ordered love.


Priorizando como hilo conductor la relación entre amor y finitud, la discusión establece un constante diálogo entre el pensamiento filosófico-teológico de Agustín y la fenomenología de Scheler. Primero, se aclara el horizonte a partir del cual la fenomenología de Scheler visualiza el pensamiento agustiniano al considerarlo bajo la óptica de la estructura vivencial y fundamental del vivir cristiano. Evidenciando la idea de ordo amoris, se muestra la correspondencia de esta estructura a la revolución del amor cristiano, señalada por Scheler como la emergencia de la comprensión de un Dios amante. Para ello, a continuación, se discuten rasgos de la hermenéutica agustiniana de la vida cristiana, hasta revelar la caritas como el amor que responde por la intencionalidad ordenadora de la estructura de la existencia humana en su totalidad según su dinamismo esencial. Desde el punto de vista de esta función central de la caridad, se concluye indicando la necesidad de considerar la interdependencia entre vivir y morir, para comprender mejor el sentido de la estructuración de la existencia humana a partir de la idea de amor ordenado


Subject(s)
Affect , Love
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